Partidos repudiam a possível interferência do Governo na escolha do líder da oposição
CAROL BRITO
CAROL BRITO
Os parlamentares também deixaram claro que estranharam a afirmação de Uchoa de que a bancada oposicionista pode ficar sem liderança na Casa de Joaquim Nabuco, a partir do dia 1° de fevereiro. Também ressaltam que, conforme o Regimento Interno da Alepe, cabe aos partidos da oposição e não ao Governo do Estado decidir quem integra a bancada adversária e o seu líder. A colocação rebate a nota divulgada pela Assembleia Legislativa, determinando que o Governo seria responsável por enviar uma lista com os partidos que compõem a sua base e as legendas oposicionistas. No ano passado, a Frente Popular foi formada numa aliança entre PSB, PT, PTB, PDT, PCdoB, PR, PP, PRB, PSC, PSDC, PTdoB, PRP, PHS, PTC e PSL. Só na semana passada que o PV aderiu oficialmente à base do governador Eduardo Campos (PSB). A iniciativa de Guilherme Uchoa foi contestada pelos deputados do bloco. “Nem em época do regime autoritário, quando as bancadas de oposição tinham ainda mais dificuldade de trabalhar, se cassou o direito a uma liderança na Assembleia. Não acreditamos, portanto, que isso vai ocorrer justamente agora quando vivemos em regime de plena democracia”, expressa a nota assinada pelos Antonio Moraes, Betinho Gomes, Edson Vieira, Carlos Santa e Claudiano Filho, além de Severino Ramos (PMN) e Daniel Coelho. Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, ontem, Daniel classificou como “absurda” a nota divulgada pela Assembleia Legislativa. “É uma coisa de ditadura. Não posso admitir que o Governo venha dizer quem é oposição e quem é governo”, colocou. O verde também criticou a postura contrária do DEM ao seu nome para a liderança. “Eu não compreendo a atitude dos democratas. Eles deveriam lutar para o PV ficar na bancada de oposição. Eu não entendo como eles não querem que a bancada aumente. Não sei qual tipo de interesse eles têm”, questionou. fonte: Folha de Pernambuco |
Nenhum comentário:
Postar um comentário