quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Carreras admite quo o PV foi quem mudou de lado

Diante disso, vereador diz que, se Daniel sair, terá argumentos para manter mandato

IZABELYTA GUERRA - Especial para a Folha

Um dos integrantes da comissão provisória do PV pernambucano, o vereador Augusto Carreras vê contradição na tentativa do correligionário Daniel Coelho em ser líder da oposição na Assembleia Legislativa, ao tomar posse, terça-feira, como deputado estadual. Da mesma forma que parlamentares do DEM e PMDB sugerem, Carreras avalia a saída de Coelho do PV, já que o partido optou por aderir à base do Governo Estadual. “Daniel está correto quando declara que não vai mudar os seus posicionamentos defendidos durante a sua candidatura a deputado estadual. Quem mudou foi o partido, que fazia oposição a Eduardo Campos (PSB) e agora faz parte da base aliada”, disse Carreras. Em seguida, o vereador garantiu que não deseja ver o deputado eleito fora da sigla. “Nós não queremos que ele deixe o partido”, assegurou.
Augusto reconhece que o aliado tem argumentos para defender-se, caso a direção verde decida recorrer à Justiça Eleitoral, para tomar o mandato, alegando que ele estaria praticando infidelidade partidária. A lei, contudo, abre brechas para o caso de o parlamentar se achar perseguido ou considerar que o partido mudou de postura ideológica. Desde o começo do processo de adesão dos verdes ao Governo, Daniel Coelho se colocou contra, afirmando que esta mudança iria de encontro ao que o partido teria pregado durante o processo eleitoral. A aliança do PV foi consolidada neste mês, depois de um longo processo de avaliações, negociações e ajustes. “A participação do PV na gestão de Eduardo foi aprovada pela maioria dos integrantes do partido”, afirmou Augusto Carreras. Após a aliança ser firmada, o presidente da estadual da legenda, Sérgio Xavier, assumiu a recém-criada Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade. A situação “desconfortável e contraditória” que Coelho passa, mesmo antes de assumir o mandato de deputado estadual, ganhou fôlego quando a possibilidade de ele sair do partido foi levantada pelo deputado estadual Maviael Cavalcanti (DEM). Segundo ele, seria a única saída para o deputado eleito ter chance de ser o líder da oposição na Alepe. O presidente da Assembleia, Guilherme Uchoa (PDT) acentuou a polêmica, afirmando que a oposição corria o risco de ficar sem liderança por estar dividida. Para Augusto Carreras, porém, não há nada que proíba Daniel Coelho de ocupar a liderança da oposição. “Não há impedimentos para que ele seja líder. Regimentalmente, não há problemas e ele pode ser indicado sim , e depois resolver os seus problemas com o partido”, explicou o vereador.

fonte: Folha de Pernambuco





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