sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Empetur assumirá o Carnaval 2011


Mudança aponta enfraquecimento da Fundarpe, antiga gestora da festa 


ARTHUR CUNHA   
 
 SECRETÁRIO de Turismo garantiu respeito à Lei de Fomento à Cultura e ao TCE
O papel político de menor relevância que a Fundação de Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) terá no segundo Governo Eduardo Campos (PSB) fica mais evidente a cada dia. Depois de optar por uma direção com perfil mais técnico para o órgão, o governador decidiu entregar à Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) a gestão do Carnaval 2011, antes de responsabilidade da Fundarpe. Agora, caberá a Empetur firmar as parcerias e repassar toda a verba governamental às Prefeituras do Interior. Quando necessário, a própria empresa pagará aos artistas e ficará encarregada da infrestrutura dos eventos.
A decisão indica que Edu­ardo tem segurança no novo modelo de gestão implementado na Empetur. Alvo de denúncias de contratação de shows-fantasmas, a empresa foi auditada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que responsabilizou o ex-presidente José Ricardo Diniz e apontou uma omissão por parte do ex-secretário Silvio Costa Filho (PTB). Acusada pela oposição de ter destinado R$ 62,6 milhões a empresas de fachada, a Fundarpe também está sendo investigada pelo TCE. Desgastada, a ex-presidente Luciana Azevedo (PT) acabou remanejada para a Secretaria Executiva de Articulação Social e Regional.
Os detalhes foram acertados até tarde da noite de ontem, entre os secretários Tadeu Alencar (Casa Civil), Alberto Feitosa (PR/Turismo) e o presidente da Empetur, André Correia, em reunião no Palácio do Campo das Princesas. “Ainda não formatamos tudo. Mas toda a gestão será feita respeitando a lei de Fomento à Cultura e o que determina o TCE”, adiantou Feitosa. Ele adiantou que vai designar uma equipe para fiscalizar a realização dos shows através de fotografias e filmagens. Também serão distribuídas às prefeituras cópias da lei.
O secretário de Cultura, Fernando Duarte, e o novo presidente da Fundarpe, Severino Pessoa dos Santos, minimizaram a mudança. “O governador elevou em um nível o papel da Cultura. O Carnaval é uma festa organizada pelo governo. O que está havendo é uma definição das funções que cada um terá”, destacou Duarte. “Com a sua magnitude, o Carnaval não é um evento de um só órgão, mas de governo. Na Prefeitura do Recife também é assim. A gente está aguardando para saber qual será a contribuição da Fundarpe”, complementou Severino.
PERFIL
O novo presidente da Fundarpe acredita que seu perfil mais técnico ajudará na condução do órgão. “O governador desenhou um novo modelo de gestão para a Cultura. A secretaria será responsável por pensar as políticas, a Fundarpe por executá-las. O que não quer dizer que eu não possa contribuir na formulação das políticas, nem Fernando, que foi quem me convidou, na execução. O trabalho se complementa. Isso requer uma pessoa como Fernando, um especialista em Cultura, e alguém com perfil mais técnico”, destacou Severino.
Auditor da Prefeitura do Recife, contador, professor universitário e advogado, Severino Pessoa era assessor da Fundação de Cultura do Recife. O perfil da nova direção da Fundarpe também é mais técnico do que na época de Luciana Azevedo.
fonte: Folha de Pernambuco

Betinho: "Não estamos num Estado seguro"

GILBERTO PRAZERES   
Dando mostras de que pretende fazer uma “oposição de verdade” ao Governo do Estado, o deputado Betinho Gomes (PSDB) alerta que os números obtidos pelo Pacto pela Vida não são suficientes para garantir a tranquilidade do cidadão pernambucano. “Não estamos num Estado seguro”, atestou o tucano, em visita à Folha de Pernambuco. Para ele, os 12% de redução nos homicídios alcançados, nos últimos anos, pelo programa de combate à violência estão aquém dos obtidos por outros estados da Federação. “Em São Paulo, a redução dos últimos dez anos ultrapassa os 70%. Em Pernambuco, a média de homicídios é ainda superior à média nacional. O Pacto pela Vida é uma iniciativa importante, mas ainda é preciso se discutir outras ações para a área”, destacou.
Betinho Gomes adiantou que cobrará, na tribuna da Assembleia Legislativa, a implementação de iniciativas que também visem ao combate do tráfico de drogas. Ponto que considerou importante para a garantia de mais segurança à sociedade pernambucana. “Não se pode se prender apenas à questão dos homicídios, que realmente é o crime que mais preocupa. Mas é preciso tratar de outros pontos”, considerou, frisando a necessidade de iniciativas para impedir assaltos a caixas eletrônicos.
Entretanto, o parlamentar assegurou que não deseja fazer uma oposição que apenas reage, mas que provoque o Governo com sugestões de ações para a melhoria da gestão. “Não pretendemos só criticar. Esperamos formular uma agenda para o Estado e apresentar ao Governo. Caso esses pontos sejam atendidos, estaremos prontos para ajudar. Mas, se não, iremos cobrar”, frisou.
Como exemplo de ideias para o Governo, Betinho Go­mes defende a implantação de um “pacto pela educação”. O deputado acredita que, para enfrentar os desafios exigidos atualmente, Pernambuco precisa melhorar os gastos no setor. “Podemos discutir a ampliação dos gastos com a educação, mas também devemos discutir como esse gasto é gerido. Um pacto pela educação movimentaria a sociedade, o governo, o Legislativo e todos que queiram contribuir. O próprio governador afirmou que este é o ano da educação”, lembrou Betinho.
fonte: Folha de Pernambuco

PTB tenta reverter decisão na Justiça

MANOEL GUIMARÃES   
A decisão do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Guilherme Uchoa (PDT), de dar posse aos suplentes do partido em detrimento àqueles da coligação ganhará hoje sua primeira consequência judicial. De acordo com o secretário-geral do PTB, José Humberto Cavalcanti, o partido deverá ingressar hoje com uma ação na Justiça para tentar reverter a situação. Terceiro suplente pela coligação, o petebista alega que o partido quer fazer valer o direito que acredita possuir.
“O deputado Uchoa poderia ter aguardado posicionamento do Jucidiário. Seria uma decisão mais amadurecida.  A decisão deveria ter sido pautada exclusivamente pela questão da legalidade. Mas a partir da conversa entre os pre­sidentes da Câmara (Marco Maia/PT) e do Supremo Tribunal Federal (Cezar Peluso), mudanças deverão ocorrer”, disse José Humberto, em entrevista à Rádio Folha 96,7 FM.
O dirigente fez questão de desmentir a versão de que pressões vindas do Palácio das Princesas teriam influenciado a decisão da Alepe. “Não acredito nisso. Somos um partido da base do governador Eduardo Campos (PSB), e temos toda a confiança no Governo. Não debito ao Palácio esse comportamento que teve a Alepe. Seria uma coisa pequena para uma figura tão importante na política nacional”, alegou José Humberto, que recentemente foi empossado presidente do Detran.
Por outro lado, o agora deputado estadual Ciro Coelho (PSB) comemorou a posse, tomada ontem pela manhã, em sessão ordinária na Alepe. “Para mim fica difícil contestar o posicionamento do presidente Guilherme Uchoa. Creio que a decisão foi eminentemente jurídica. A manifestação do STF tem sido muito clara quanto ao mandato ser do partido, e isso não é recente. Lembro que em 2009, quando fiz a mudança do DEM para o PSB, o próprio DEM entrou na justiça para caçar meu mandato, dizendo que pertencia ao partido. Isso vem sendo discutido há bastante tempo, e as decisões dos tribunais têm sido em favor dos partidos”, lembrou Coelho, que na citada ocasião, conseguiu manter o mandato.
fonte: Folha de Pernambuco

Suplentes tomam posse na Alepe

Novos deputados foram beneficiados pelo critério de nomeação por partido 

JOSÉ ACCIOLY - Do Blog da Folha   
Os quatro deputados beneficiados pela suplência dos partidos na Assembleia Legislativa - Isabel Cristina (PT), Sebastião Rufino (PSB), Ciro Coelho (PSB) e Manoel Ferreira (PR) - foram confirmados nas cadeiras, ontem, em meio a uma sessão no Plenário dedicada quase que exclusivamente para cerimônia de posse. Após o fechamento dos trabalhos, o presidente da Alepe, Guilherme Uchoa (PDT), teve um encontro, em seu gabinete, com Rufino, Coelho e Ferreira, mas que, segundo informações, tratou-se de questões administrativas.
Antes da sessão no Plenário, Manoel Ferreira revelou que já espera que o deputado Guilherme Uchoa optasse pela convocação dos suplentes seguindo o critério partidário. Ele citou, como exemplo, o posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que vem concedendo liminares a suplentes das siglas em todo o País. “Essa posição (de convocar suplentes por partido) vem só para ratificar o que o Supremo está fazendo”, declarou o republicano. Ferreira chega ao seu quinto mandato para assumir a vice-liderança da bancada do PR na Alepe deixada pelo companheiro de partido, Alberto Feitosa - convidado para assumir a Secretaria de Turismo do Estado.
Outro beneficiado pela suplência por partidos, o socialista Sebastião Rufino, adotou postura mais cautelosa e revelou apenas que aguardava o resultado da Alepe, independente da opção de Uchoa. “A Casa estava diante de um fato jurídico”, argumentou. Questionado se procurou os candidatos suplentes por coligação - Augusto César (PTB), José Humberto Cavalcanti (PTB) e José Maurício Cavalcanti (PP) -, após decisão da Assembleia, Rufino despistou. “Por um lado, fiquei surpreso com a convocação. Por outro, sei que a decisão desagradou a outros. É certo que eles (os candidatos) devem entrar com recursos na Justiça. Estou seguro”, acrescentou Rufino, que vai para o quinto mandato na Alepe.
COBRANÇAS
O verde Daniel Coelho aproveitou a tribuna para questionar a Prefeitura do Recife sobre o superfaturamento na obra da Via Mangue, conforme apontou relatório divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), anteontem. Daniel foi à tribuna para fazer um alerta sobre a determinação do TCE, que referendou uma medida cautelar contra a Empresa de Urbanização do Recife (URB), orientando reduzir em mais de R$ 85,5 milhões o valor da obra da Via Mangue. O relatório apontou superfaturamento, de acordo com os parâmetros do TCE. “Estamos acompanhando há seis anos a discussão da Via Mangue e o projeto ainda ficou como promessa da Prefeitura. O TCE concluíu que há falhas na licitação e um sobrepreço de R$ 85 milhões”, disparou o verde, que ainda cobrou explicações sobre o fato de servidores e uma empresa contratada pela Prefeitura fazer a mes­ma função de captar recur­sos para o Carnaval Multicultural. “O prefeito (João da Costa, PT) deve explicações. Ou ele exo­nera os funcionários ou can­cela o contrato”, advertiu.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Oposição questiona contratos do carnaval

Vereadora Priscila Krause apresentou denúncia contra gestão petista durante sessão da Câmara


A líder da oposição da Câmara de Vereadores do Recife, Priscila Krause (DEM), colocou ontem sob suspeita a contratação da empresa baiana OCP Comunicação pela prefeitura da capital para captação de recursos do carnaval de 2011. A parlamentar também criticou um suposto superfaturamento relacionado à contratação de um buffet, no valor de R$ 852 mil, para servir à Fundação de Cultura do Recife durante 12 meses.


Segundo a parlamentar, existe desde 2005 uma diretoria de captação de recursos e marketing cultural da própria prefeitura especializada no assunto. Mas em vez de acioná-la, o governo João da Costa (PT) teria optado por contratar uma empresa de fora do estado, supostamente ligada ao governador da Bahia, Jaques Wagner, do PT. Priscila informou que pedirá o acompanhamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público para verificar os gastos e contratos da ´folia` promovidos pela gestão petista.

Pelo contrato, a OCP Comunicação receberá todos os patrocínios firmados pela prefeitura. O acordoestabelece que a empresa baiana receberá de 10% a 20% em cima dos recursos captados para promover o carnaval do Recife. Ficou definido também que, para a exploração do merchandising no valor menor ou igual a R$ 6,3 milhões, a OCP ficará com 10% do lucro. Para quantias maiores que R$ 6,3 milhões, o percentual da empresa sobe para 20%.

´O contrato diz que a empresa de captação de recursos ficará com 10% do valor. No ano passado, por exemplo, somente o estado liberou R$ 2,7 milhões, a Caixa Econômica, R$ 50 milhões e a Chesf, R$ 600 mil. Por que abrir mão de parte desse dinheiro, quando existe uma empresa da própria prefeitura para fazer o serviço?`, questionou a parlamentar.

Ontem à tarde, o prefeito comentou rapidamente o assunto. ´Pensei que ela (Priscila Krause) fosse mais cuidadosa. O dinheiro arrecadado ficará na cidade. Toda empresa que capitaliza recursos, o grosso do patrocínio fica com o município. A verba vai financiar o carnaval do Recife. Mas tudo o que estou dizendo vamos responder por meio de uma nota da prefeitura`, informou João da Costa.

Na nota, a prefeitura informa que a terceirização da captação de recursos teve como objetivo potencializar o aporte de dinheiro nos três grandes eventos promovidos pelo município, como o carnaval, o ciclo junino e o natalino, e reduzir a utilização de recursos do tesouro municipal. ´A diretoria de captação de recursos terá maior disponibilidade para atender as demandas dos vários festivais e mostras promovidos pela Secretaria de Cultura`, disse o texto. A prefeitura informa, ainda, que a OCP participou e venceu o processo licitatório sem nenhum favorecimento.
fonte: Diario de Pernambuco

Posse aos suplentes de partido

Mesa diretora da Assembleia não acatou posição da Câmara Federal e optou por seguir STF

Ao fim, o que se esperava. O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchoa (PDT), decidiu fazer as convocações de suplentes por critério de partido. Na justificativa, afirmou que as posições do Supremo Tribunal Federal (STF) têm sido nessa linha. Em tom filosófico, afirmou: ´O direito é perecível e o dano é irreparável. O tempo não para e o tempo não volta. Se a maioria dos ministros do Supremo concede liminares dizendo que o mandato é do partido, dificilmente no mérito seria o contrário, pois causaria um dano irreparável aos que entenderam diferente`.

Uchoa só bateu o martelo depois de consultar o departamento jurídico da Casa, que o orientou nesse sentido. Segundo ele, a decisão poderia ser política ou jurídica. ´Eu optei pela jurídica`. Questionado sobre o porquê de, nas legislaturas anteriores, ter sido diferente, alegou que ´o parlamento não tem obrigação de decidir sempre juridicamente` uma vez que é um órgão político.

O presidente ainda consultou a Mesa Diretora. Dos sete parlamentares, cinco o acompanharam e dois se abstiveram. Foram eles Eriberto Medeiros (PTC), aliado do recém-empossado vereador do Recife Sérgio Magalhães (PTC), assumindo mandato na vaga da coligação, e Marcantônio Dourado (PTB), cuja sigla deveria ter ganho mais duas cadeiras na Assembleia, caso a postura do presidente fosse outra.

Os petebistas que ficaram de fora da Assembleia são Augusto César e José Humberto. A sigla vai recorrer. ´Nosso partido vai entrar com um mandato de segurança para resgatar e fazer valer o que achamos correto`, declarou Augusto César. Há pouco mais de uma semana, José Humberto ingressou individualmente no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), pleiteando uma liminar que o garantisse na vaga. Também deixam de ingressar na Casa José Maurício (PP) e o Bispo Ossésio Silva (PRB).

De acordo com Uchoa, caso a justiça seja favorável aos suplentes preteridos, ele acatará a decisão de imediato. ´Não vou discutir, se vier uma decisão amanhã mandando dar posse aos suplentes de coligação, eu cumpro`. Os quatro deputados que deixam a Assembleia assumem ainda hoje as secretarias no governo Eduardo Campos (PSB). Também hoje, são empossados os suplentes: Isabel Cristina (PT), Manoel Ferreira (PR), Sebastião Rufino (PSB) e Ciro Coelho (PSB).
fonte: Diario de Pernambuco

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Daniel pede explicação sobre pagamento de circo

Opositor  questiona dados da gestão de Silvio Costa Filho

Verde questiona repasse do Cirque du Soleil à Empetur, em 2009 

RENATA BEZERRA DE MELO 
Mesmo preterido na disputa pela liderança da oposição, o deputado Daniel Coelho (PV) manteve a disposição para o combate e foi ontem à tribuna da Assembleia Legislativa para registrar um pedido de informações à Mesa Diretora. Ele quer detalhes sobre supostas irregularidades no repasse de R$ 1,2 milhão efetuado pelo Cirque d Soleil à Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur).
A Empetur afirma que não recebeu o recurso, enquanto o circo anunciara, em outubro de 2009, que a transferência já havia sido feita. A verba em questão é referente ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre a Empetur, a Prefeitura de Olinda e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico e Nacional (Iphan) para recuperação do Memorial Arcoverde, onde o circo foi instalado e realizou apresentações entre 9 de julho e 2 de agosto daquele ano, quando o hoje deputado Silvio Costa Filho (PTB) era o secretário de Turismo. Pelo Termo, foram autorizados o corte de 12 árvores, a demolição de quadras esportivas e de um campo de futebol para dar lugar ao asfalto.
Em troca, encerrado o período de espetáculo, deveriam ter sido replantadas três mudas para cada árvore derrubada e executadas obras de requalificação do parque. No entanto, o Iphan reage alegando que o pacto não está sendo cumprido. Daniel solicita a “confirmação do recebimento da referida quantia pela Empetur”, um demonstrativo das ações referentes ao cumprimento do TAC e, por fim, “a destinação prevista para estes recursos”.
O líder governista,  Waldemar Borges (PSB), alegou que não há “nenhum problema” em fornecer as informações. E lembrou que essa discussão foi “superada à época” e suplantada pela qualidade do espetáculo e retorno trazido ao Estado. Concordou, por outro lado, que, havendo suspeitas, o acordo deve “ser averiguado para ver se foi efetivamente cumprido”.
Borges também rebateu queixas de outro oposiconista: Betinho Gomes (PSDB). O tucano comprometeu-se a cobrar mais recursos para o combate à violência, comparando números referentes à taxa de homicídio em Pernambuco (46,18 para cada 100 mil habitantes), em 2009, com o índice nacional (24,5/100mil)  e com São Paulo (10/100mil).
O líder do Governo frisou que a redução da taxa de homicídio nos últimos quatro anos do Governo Eduardo Campos (PSB) foi de  27,83%. Na Região Metropolitana, 34,54% e no Recife, 40,55%, registrou o socialista. Além disso, pontuou que a queda observada no Recife é maior que a registrada pelos programas de combate à violência de Bogotá e Nova York. Ainda segundo ele, são 26 meses consecutivos de redução contabilizados.

fonte: Folha de Pernambuco

Uchoa, agora, não sabe o que fazer

Após passar confiança quanto aos suplentes, pedetista diz ter um “abacaxi” 

Esgotado, ontem, o prazo de espera do governador Eduardo Campos (PSB) pelos deputados-secretários, sobrou para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Uchoa (PDT), o “abacaxi”, como o pedetista tachou, de decidir qual ordem de suplência - dos partidos ou coligações - será seguida na Casa de Joaquim Nabuco. Até agora sem uma decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe respalde, o presidente desabafou estar “sofrendo” com o impasse.
“Não queira imaginar internamente como estou. Fui colega de Augusto César (PTB/suplente da coligação) durante quatro anos e do filho (Augusto César Fi­lho/PTB), por mais quatro. Sou colega de Sebastião Rufino (PSB/suplente do partido) e Ciro Coelho (PSB/suplente do partido) por mais de 12 anos. Naturalmente, alguém vai ficar desagradado, seja de um lado ou do outro”, reconheceu.
Manifestando-se assim, Uchoa revelou constrangimento antes contido. Na semana passada, ele havia minimizado a atribuição que lhe fora imposta, afirmando que: “Já passou coisa pior, quanto mais decidir quem vai entrar”. Ontem, retificou: “(Coisa) Igual a essa não (passei), porque envolve pessoas do nosso relacionamento do dia-a-dia“.
Com o “pepino” nas mãos e cobranças de todos os lados, o presidente acionou o departamento jurídico da Alepe e ficou de se reunir com a equipe. Também aguar­da para hoje uma orientação da procuradoria. Segundo ele, o Regimento Interno lhe garante o tempo de duas reuniões ordinárias para convocar os suplentes a contar da licença daqueles parlamentares nomeados para o primeiro escalão estadual. No caso, os deputados que serão renomeados em secretarias protocolarão seus requerimentos, hoje, o que já os autoriza a assumir suas vagas no Executivo. Uchoa informou ter até a terça-feira para apresentar solução final, mas supôs, de antemão, que não usará esse prazo todo. Ele cogita decidir até hoje mesmo dependendo da resposta do jurídico da Casa.
“Se você perguntar agora o que vou fazer, não sei. Uma coisa é o costume, outra é o direito. Todos dois são fontes do direito. O costume é a convocação dos suplentes da coligação. O STF em todas as decisões vem concedendo no sentido de convocar o partido. Vai ser desagradável seja para um lado ou para o outro”, desabafou o presidente. O assunto é para ser resolvido, como colocou, “do ponto de vista jurídico, não do político, sem paixões”. De antemão, alertou: “Não vamos nos espelhar em Assembleia nenhuma. Vamos estudar o assunto”.
Indagado sobre a previsão do presidente estadual do PTB, senador Armando Monteiro Neto, de “tomar medidas cabíveis” se necessário, Uchoa lembrou que todos os envolvidos são da base governista. “De um lado está Armando. Do outro, Milton Coelho (presidente estadual do PSB)”, arrematou.

fonte: Folha de Pernambuco

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Moraes suspeita de "mutretas"

Líder da oposição quer providências contra empresas de qualificação

RENATA BEZERRA DE MELO
Novo líder da oposição, o deputado estadual Antônio Moraes (PSDB) fez seu discurso de estreia na função ontem, comprometendo-se a exercer o cargo “com a maior veemência”. Fora da tribuna, o tucano antecipou à Folha, que irá ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) pedir providências contra as “mutretas” supostamente realizadas por empresas que prestam serviços de qualificação para o Estado. “Estamos levantando material para apresentar um projeto de lei criando um cadastro dessas empresas e exigindo que elas tenham vínculo com universidades”. A suspeita de irregularidades nesse setor foi levantada por Moraes na esteira de denúncia feita por ele, ontem, sobre a escassez de mão-de-obra em Pernambuco. Moraes chamou a atenção para o número de funcionários “importados” empregados nas obras do Complexo Industrial e Portuário de Suape. “Só na Refinaria Abreu e Lima, no Polo Petroquímico e no Estaleiro Naval, 50% dos operários são de fora, o que corresponde a mais de 3.500 empregos só nestes três grandes empreendimentos”, argumentou. Nesse quesito, comprometeu-se a procurar o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio, em busca de solução. O deputado emendou o tema em queixas contra a falta de médicos nos hospitais públicos de Caruaru. Tachou de “estarrecedora” a ausência de profissionais da área de Saúde e registrou o caso da gestante que, sem atendimento, na capital do Agreste, no final de semana passado, precisou se dirigir a Vitória de Santo Antão, e acabou vendo o filho falecer, no domingo, após ser levado ao Imip a bordo de um táxi. Por tabela, relacionou o fato às deficiências das parturientes de Macaparana, sua base eleitoral, e da região da Mata Norte toda, também dependentes, segundo ele, dos médicos de Vitória. “No nosso entender, o Governo Estadual, nesses casos específicos, não só deve corrigir as situações inaceitáveis, como responder a todas as sanções previstas em lei, resguardando os direitos sagrados à vida”, pontuou. Ontem mesmo, ele pediu uma audiência com o secretário de Saúde, Antônio Figueira, para solicitar hospitais de referência na região. O líder também se colocou à disposição do funcionalismo público estadual para “identificar dificuldades que venham a enfrentar perante à poderosa máquina estadual”.
Apesar das cobranças logo no primeiro dia de atuação no cargo, Moraes prometeu fazer “oposição forte e sistemática ao Executivo Estadual, porém com responsabilidade e sem radicalismos”. E voltou a reforçar que também não haverá dificuldade em “aprovar os projetos do Governo, desde que realmente venham a beneficiar o Estado”.
DANIEL
Após a polêmica sobre a situação do deputado estadual Daniel Coelho (PV), oposicionista filiado a uma sigla governista, Moraes fez a indicação do verde para as comissões de Justiça e de Meio Ambiente. E minimizou as declarações do presidente da Casa, Guilherme Uchoa, feitas na semana passada, de que a responsabilidade para tal seria do líder do Governo, deputado Waldemar Borges (PSB). A indicação do verde foi publicada, ontem, no Diário Oficial.


fonte: Folha de Pernambuco

Eduardo renomeia secretários hoje

Sem definição do STF até ontem, Eduardo passará a bola para a Assembleia


ARTHUR CUNHA - Enviado especial
PETROLINA - O governador Eduardo Campos (PSB) confirmou, ontem, que vai renomear os seis deputados (quatro estaduais e dois federais) convocados para o primeiro escalão do seu governo, encerrando as especulações sobre eventuais mudanças de última hora. De acordo com o socialista, o Diário Oficial publica amanhã as nomeações de Maurício Rands (PT/Go­verno), Danilo Cabral (PSB/Ci­dades), Isaltino Nascimento (PT/Trans­portes), Alberto Feitosa (PR/Tu­rismo), Laura Gomes (PSB/De­senvolvimento Social) e Raquel Lyra (PSB/Cri­ança e Juventude). Também amanhã, está prevista uma nova posse desses secretários. “Será como estava previsto”, comentou Campos, de forma rápida, após inaugurar o Colégio da Polícia Militar de Petrolina. Eduardo havia estipulado o prazo de sete dias para que o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Assembleia Legislativa (Alepe) emitirem seus posicionamentos, beneficiando os suplentes das coligações ou os suplentes partidários. Não havendo uma definição, o governador cumpriu o prometido e chamou de volta os deputados-secretários sob o argumento de que não poderia prejudicar a gestão - os secretários-executivos responderam pelas pastas na última semana, interinamente. Agora, a bola está com o presidente da Alepe, Guilherme Uchoa (PDT). Questionado a cerca do posicionamento do pedetista, Campos preferiu não opiniar, ressaltando que não iria se meter na competência de outro Poder. Nos bastidores, comenta-se que, atendendo a um pedido da maioria dos seus aliados, o governador teria preferência pela convocação, por parte da Assembleia, dos suplentes dos partidos. Um desses potenciais beneficiados, o ex-deputado Ciro Coelho (PSB), dava como certa a vitória da tese partidária, ontem. “Não tenho nenhuma dúvida, ainda mais agora que o STF emitiu quatro decisões favoráveis aos partidos”, comemorou Ciro, segundo suplente do PSB. Ele trocou o DEM pela sigla com a promessa de uma reeleição mais fácil, o que acabou não acontecendo. Por outro lado, um governista garantiu, em reserva, que Uchoa estaria “em cima do muro”. “Ele ainda não tomou uma decisão”, assegurou.
ÁGUA

À tarde, durante entrevista coletiva no Senai de Petrolina, o governador afirmou que não vai politizar o debate que envolve o abastecimento de água no município. “Não vou alimentar esse debate político mesquinho, desprovido de respeito ao povo. Porque não faço isso nem em relação à Saúde, nem em relação à Segurança. O importante é que nós vamos fazer. Se alguém deixou de fazer, o povo vai cobrar desse alguém. Como o povo tem o direito de nos cobrar”, disparou Campos, ressaltando a boa votação que teve em Petrolina e no Estado. “Essa fé nós vamos corresponder com trabalho. Um dos trabalhos que nós vamos entregar nestes quatro anos é o fim desse debate da água”.

Para o socialista, quem tentar politizar o assunto “vai dar com os burros, nem na água, no seco”. “Não fiz isso em relação a coisa nenhuma e o povo me julgou. Todo mundo sabe aqui que as reclamações diminuíram muito. Está perfeito? Não está perfeito. Precisa de investimentos? Vamos fazê-lo. É muito melhor que botar a culpa no outro. Isso não vai encher as torneiras de água!”, finalizou.


fonte: Folha de Pernambuco

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Filho de João Paulo defende Daniel

Em seu blog pessoal, Jampa critica retaliação do PV ao deputado estadual

GILBERTO PRAZERES

A batalha do deputado Daniel Coelho (PV) para continuar integrando oficialmente a bancada de oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco recebeu um apoio inesperado, ontem. Em seu blog pessoal, João Paulo Filho, o Jampa. escreveu uma nota de reconhecimento ao que chamou de “a luta solitária de Daniel Coelho”. No texto, Jampa - que é filho do deputado federal e ex-prefeito do Recife João Paulo (PT) -, destacou que o verde “é o elemento mais novo surgido na política de Pernambuco”. “E isso não é pouco, para quem tanto ouviu falar em renovação de meia boca. A voz isolada dele é uma aguda alfinetada: num estado de conformismo e coronelismo, onde todos deputados querem ser do governo, o cara luta para firmar posição. Tiro meu chapéu”, reverenciou.Na sua nota, Jampa destaca também que o “problema” enfrentado por Daniel Coelho revela que os partidos políticos em Pernambuco tornam-se partidos de verdade quando se trata de proteger a flexibilidade vexatória de seu adesismo governista”, ressaltando que esse fato “parece piada”. “Sou filiado a outro partido, opino aqui sobre a questão da tomada de posição política, elemento central da prática do metier de político”, pontua.

fonte: Folha de Pernambuco