quinta-feira, 7 de abril de 2011

Deputados fazem minuto de silêncio pelas vítimas de tragédia em escola do Rio

A tragédia ocorrida em uma escola do Rio de Janeiro, nesta quinta (sete de abril), repercutiu na Assembleia. Por solicitação do deputado Odacy Amorim, do PSB, os parlamentares fizeram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do atirador que matou 11 crianças e feriu 18 pessoas.

De acordo com informações publicadas no site G1, o rapaz, identificado pela polícia do Rio de Janeiro como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, se matou após efetuar os disparos contra as vítimas. Ele era ex-aluno da escola onde o fato ocorreu.

Amorim sugeriu que as unidades de ensino tenham uma espécie de acompanhamento dos alunos que representam ameaça, como apoio psicológico e monitoramento com sistemas eletrônicos, para evitar que tragédias semelhantes se repitam. (L.R.)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

João Paulo é oposição, dizem peemedebistas

Integrantes do PMDB colocam mais lenha na fogueira petista e dizem esperar que ex-prefeito deixe partido

No PMDB do Recife, o ex-prefeito e deputado federal João Paulo (PT) já é tratado como uma liderança de oposição ao ex-afilhado político e prefeito do Recife, João da Costa (PT). Embora João Paulo mantenha a decisão de permanecer no PT, reforçada ontem, o presidente do diretório municipal peemedebista, deputado estadual Gustavo Negromonte, espera que ele tome uma posição contrária até o final setembro, prazo limite para mudanças partidárias. ´De forma alguma estamos com as portas fechadas, especialmente, agora, que ele se coloca como oposição ao prefeito. Vamos conversar com todas as pessoas que querem mudar essa situação de caos do Recife`, afirmou o parlamentar.

Segundo Negromonte, não houve conversa oficial entre o PMDB e João Paulo. Mas o parlamentar ressaltou que a legenda não descarta a possibilidade de aliança futura. João Paulo atualmente integra a base da presidente Dilma Rousseff (PT), mas tem postura independente do governador Eduardo Campos (PSB) e está rompido com João da Costa. Uma eventual filiação ao PMDB estadual, nesse caso, poderia até ser negociada com o vice-presidente da República, Michel Temer. ´Ainda não acredito que João Paulo vá deixar o PT, mas ele vem se colocando como oposição. Se o quadro permanecer assim, vamos conversar com ele`, observou Negromonte.

Motivos
O peemedebista acrescentou que o diálogo também pode ser aberto com o PTB e PP, comandados respectivamente pelo senador Armando Monteiro Neto e Eduardo da Fonte. ´O PTB também me parece que rompeu com João da Costa`, afirmou, referindo-se à postura do partido na Câmara de Vereadores e à entrega dos cargos na prefeitura.

O vereador André Ferreira, secretário-geral do PMDB recifense, frisa que a legenda tem um nome colocado para disputar a Prefeitura do Recife, o deputado federal Raul Henry. Mas ele ressalta que uma eventual filiação de João Paulo seria ´bem-vinda`.

´Confesso que João Paulo teve uma boa atuação na Prefeitura do Recife, se entendeu muito bem com (o então) governador JarbasVasconcelos (PMDB) e seria muito bom que viesse para o PMDB. Agora, não acredito que ele saia do PT`, afirmou, desafiando de forma indireta o ex-prefeito. ´O PMDB iria realmente aceitá-lo de braços abertos e ele teria muito espaço no nosso partido`, declarou.

Segundo André Ferreira, ´Raul Henry não tem vaidades` e teria uma ótima relação com João Paulo, caso ele viesse para o PMDB. ´Raul provavelmente é o candidato a prefeito, mas não se furtaria ao entendimento. Os dois são maduros e poderiam decidir o futuro no diálogo e com base nas pesquisas eleitorais`, avaliou.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Braços abertos para João Paulo

Ex-prefeito do Recife e deputado federal será bem-vindo no PMDB caso decida romper com o PT

O PMDB estadual abriu as portas para o ex-prefeito e deputado federal João Paulo (PT). Não houve convite oficial ao petista, como fizeram o PCdoB e o PDT, mas as lideranças do partido estão acompanhando com interesse as movimentações do ex-prefeito. A expectativa é saber se João Paulo vai optar pelo caminho da ruptura, como fez Jarbas Vasconcelos (PMDB) no início da década de 1990, ao romper com o ex-governador Miguel Arraes e se aproximar da oposição. A avaliação é que, no PT, João Paulo perdeu o espaço político, tanto para disputar a Prefeitura do Recife no próximo ano, como o governo do estado em 2014. O PMDB, nesse caso, poderia ser uma saída. Estaria longe da influência do governador Eduardo Campos (PSB) e daria flexibilidade para que João Paulo continuasse na base da presidente Dilma Rousseff (PT).

Pré-candidato do PMDB à Prefeitura do Recife, ainda que não assumido, o deputado federal Raul Henry negou conversas preliminares com João Paulo. Ele afirmou, em entrevista ao Diario, que a sigla não poderia montar uma estratégia para 2012 em cima de hipóteses, esperando qualquer decisão do ex-prefeito. ´Estamos trilhando nosso caminho. Não cabe a gente ficar especulando fora da nossa área específica`, explicou Henry. Nem todos da legenda e de outros partidos da oposição, contudo, pensam da mesma forma.

Informações de pessoas próximas ao senador Jarbas Vasconcelos dizem que o PMDB não poderia falar abertamente sobre o interesse por João Paulo, porque a legenda poderia se fragilizar, caso o ex-prefeito insista em permanecer no PT. Mas as conversas sobre a aproximação com o ex-prefeito existem.

Jarbas e João Paulo sempre tiveram boa relação, o que provocou desgastes entre o petista e o PSB. Não seria nada do outro mundo, portanto, que os dois se aliassem. ´Houve um estremecimento entre o senador e João Paulo no ano passado, quando o petista foi coordenador de campanha de Dilma Rousseff e reuniu prefeitos do PMDB no seu escritório. Aquilo incomodou Jarbas, porque os prefeitosjá tinham aderido ao palanque de Dilma. Não precisava que João Paulo viesse a reuni-los. Mas isso não seria um empecilho`, declarou outra fonte em reserva.

Esse influente personagem da oposição diz que João Paulo tem de trilhar o caminho da ruptura ou enterrar o futuro político. Isso porque o petista anda de forma independente em relação a Eduardo Campos, rompeu com João da Costa, não tem o controle do partido, mas não abre mão de permanecer na base de Dilma Rousseff. ´Se ele viesse para o nosso lado, Raul poderia negociar com ele. Agora, o próprio João Paulo tem que decidir a vida dele. Tem que decidir se quer ou não romper, porque todo mundo sabe que, se João da Costa não for candidato à reeleição, João Paulo nunca seria um nome escolhido por Eduardo, nem pelo PT`, analisou, pedindo anonimato.
Diario de Pernambuco