quinta-feira, 3 de março de 2011

Raul Jungmann é o nome do PSDB, diz Sérgio Guerra

Ao mesmo tempo em que cuida da sua candidatura à reeleição para a presidência nacional do PSDB, o deputado federal Sérgio Guerra acompanha a movimentação em torno da sucessão do prefeito do Recife João da Costa (PT). Para o parlamentar tucano, os problemas políticos e administrativos enfrentados pelo gestor petista abrem espaço para a pulverização de candidaturas ao Executivo da capital em 2012. Tanto no bloco da oposição quanto entre os governistas. ´Acho que ele (o prefeito) não será reeleito`, avaliou, acrescentando que o PSDB já está cuidando do ´projeto da sucessão` municipal. ´Temos relação prioritária com o PPS. O acordo com Raul Jungmann continua`, informou.

Ex-deputado federal e presidente estadual do PPS, Jungmann é o nome já posto pela aliança entre tucanos e pós-comunistas. O acordo a que se refere Guerra foi firmado em 2010, quando o então deputado Jungmann abriu mão de disputar a reeleição para compor a chapa majoritária oposicionista. Foi candidato ao Senado e encarou uma derrota anunciada. Ocupou o espaço que era destinado ao próprio Guerra, que preferiu tentar vaga na Câmara a concorrer à reeleição de senador.

Ontem, o presidente do PSDB disse que, por enquanto, não se colocou na mesa de conversas a exigência da filiação de Jungmann ao partido como condição para que ele seja o candidato apoiado pelos tucanos em 2012. A informação foi divulgada na coluna Diario Político de ontem. ´Esse assunto não está colocado. Por ora, não`, afirmou Guerra, que tem percorrido o país preparando o PSDB para as próximas eleições.

Do seu lado, Jungmann confirmou que o assunto ainda não foi colocado. ´Temos tratado da aproximação dos partidos. Temos uma convergência nacional e local e estamos aprofundando os pontos dessa aliança, programas, chapas, propostas. É um trabalho conjunto`, disse. ´Isso (a sua filiação ao PSDB) não foi posto e acredito que não será. Estou bem dentro do PPS`, afirmou.

As declarações dos líderes dos dois partidos acontecem na esteira da turbulência vivida pelo prefeito João da Costa, que temsido alvo do fogo-amigo. Partidos da sua base de sustentação se movimentam dando indicações de que podem ter candidaturas próprias no próximo ano. Se isso vier a se concretizar, a oposição entende que aparecerão fissuras na frente partidária comandada em nível estadual pelo governador Eduardo Campos (PSB). (Josué Nogueira)

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ramos faz pronunciamento de estreia

O deputado Ramos, do PMN, fez, nesta segunda (28 de fevereiro), seu primeiro pronunciamento na Assembleia, ressaltando o objetivo de beneficiar os trabalhadores por meio da situação econômica favorável de Pernambuco. Com atuação ligada ao Sindicato dos Comerciários, o parlamentar lembrou sua história junto ao segmento, e afirmou que realiza um sindicalismo moderno, buscando a convivência harmoniosa.
O deputado também destacou o objetivo de mostrar ao Governo do Estado as áreas que precisam de melhorias, visando resolver os problemas dos pernambucanos. Os deputados Daniel Coelho, do PV, Gustavo Negromonte, do PMDB, e Adalto Santos, do PSB, salientaram a maneira conciliadora de Ramos atuar.
Já Tony Gel, do Democratas, Betinho Gomes, do PSDB, Vinícius Labanca, do PSB, além de Eriberto Medeiros e Ricardo Costa, do PTC, ressaltaram a satisfação de trabalhar ao lado de Ramos. (R.F.)

Milton alerta aliados sobre divisão

ARTHUR CUNHA   
Presidente estadual do PSB, o vice-prefeito do Recife, Milton Coelho, fez um “alerta” aos dirigentes da Frente Popular, pedindo que eles “aprendam com a história” e não cometam os mesmos erros que acabaram derrubando a antiga União por Pernambuco. A afirmação veio depois que o socialista teve de vir a público desautorizar dois filiados do partido com mandato, que causaram instabilidade política no bloco com cobranças ao prefeito João da Costa (PT). Na última quinta-feira, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, a vereadora Marília Arraes defendeu um revezamento no comando da PCR. No dia seguinte, foi a vez do prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca, em entrevista à mesma rádio, dizer que a Prefeitura “não é propriedade do PT”.
Para embasar sua tese, Milton citou o Grupo Independente (GI), formado em 2003 por dissidentes da ex-aliança, a exemplo do senador Armando Monteiro Neto (PTB) e do ministro do TCU, José Múcio, entre outros. “O GI criou a fissura do bloco monolítico com muita força política, que era a União por Pernambuco. É um alerta. O GI foi a primeira fissura e através da qual nós aproveitamos, nos articulamos e, nessa morosidade, derrubamos uma força política que era para governar Pernambuco por 20 anos. Nós estamos aqui para aprender com a história. Somos dirigentes políticos, não somos dirigidos políticos”, analisou Coelho, no Baile Municipal do Recife.
O vice-prefeito destacou, contudo, que a maior responsabilidade em manter o bloco unido cabe ao governador Eduardo Campos (PSB). “Nos­sa responsabilidade cabe, na medida do peso de cada um, a todos nós. Agora, o grande guardião da unidade política da esquerda em Pernambuco é o governador, que tem força política, resultado de trabalho. E resultado daquilo que ele foi capaz de juntar. A ele cabe a maior parcela de responsabilidade. Ele tem feito esforços para que isso ocorra”, salientou Milton, reforçando que “não tem problema com Marília, nem com Ettore”. “O que houve foi uma manifestação individual devidamente esclarecida pela direção partidária. Esse é um fato sem relevância, apenas um sinal de alerta. Mas é uma questão menor”, finalizou.
fonte: Folha de Pernambuco

Menudo é condenado à prisão

 Vereador é acusado, junto com três agentes e um delegado de extorquir um cidadão 


RENATA BEZERRA DE MELO   
Foi com surpresa que o vereador do Recife pelo PHS, Estéfano Menudo, recebeu, no final de semana, a notícia de que havia sido condenado à mais de nove anos de detenção, acusado de concussão - extorsão envolvendo funcionalismo público. A sentença foi proferida, na última sexta-feira, pelo juiz Honório Gomes do Rêgo Filho e o processo correu na Vara de Crimes contra Administração Pública e à Ordem Tributária.
O advogado do parlamentar, Fernando Lacerda, ainda não foi notificado sobre a decisão do magistrado, mas adiantou que cabe recurso a várias instâncias a exemplo do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF). De antemão, garantiu que o vereador “respondeu a todo o processo em liberdade e mantém o status durante toda a parte de tramitação de recurso. Ele apela em liberdade”.
Comissário de polícia, com cerca de 20 anos de atuação, Menudo foi acusado de extorsão, junto com mais três agentes e o, então, delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Carga, César Urach, por um cidadão, cujo primeiro nome é Antônio, de acordo com o advogado de Menudo. “Desses cinco agentes públicos, dois foram absolvidos e três condenados. Fica a pergunta: Que prova é essa que se presta para condenar três acusados quando a acusação é contra cinco?”, indagou Fernando Lacerda, informando que entre os absolvidos está o, então, delegado titular César Urach.
O advogado questiona o fato de o denunciante ter alegado que ficou detido em um xadrez na referida delegacia, quando, na realidade, não existia cela naquele espaço. “O cidadão disse também que, na segunda-feira pela manhã, estava na delegacia com o delegado César Urach e o delegado fez prova que estava em reunião com outros delegados”, acrescentou o advogado. Antes de chegar à esfera judicial, o caso foi apurado pela corregedoria da Polícia Civil, que absolveu os acusados. “Foi um delegado, um perito e um legista que fizeram o procedimento de investigação”, registrou Estéfano Menudo, que crê em sua inocência e na possibilidade de o Tribunal de Justiça “fazer a avaliação mais completa e ver que somos inocentes”. A ação tem cerca de quatro anos em tramitação.
“Um fato lá atrás está me complicando agora. Um indivíduo fez uma denúncia contra a Delegacia de Roubos e Furtos de Carga no Ministério Público. Ele falou que foi preso e teve que dar algumas coisas, que um imóvel foi tomado dele, para ser liberado”, relatou Menudo, sublinhando que “respeita a decisão judicial”.
fonte: Folha de Pernambuco

João da Costa vaiado no Municipal

Prefeito, que também recebeu aplausos, apontou orquestração política 

ARTHUR CUNHA e RENATA BEZERRA DE MELO   
 
 PETISTA, ao lado da mulher, prometeu realizar o melhor Carnaval da cidade
O calvário político-administrativo pelo qual passa o prefeito João da Costa (PT) parece não ter mais fim. O petista foi vaiado pela platéia em uma das mais importantes festas do calendário anual recifense, o Baile Municipal, no sábado, quando subiu ao palco no final dos desfiles para discursar - ele estava acompanhado da primeira-dama, Marília Bezerra. Em sua fala, Costa se comprometeu a realizar o melhor Carnaval da cidade, com muita alegria, conforto e segurança. E nesse momento recebeu aplausos. Já no camarote da PCR, sem citar nomes, atribuiu as vaias a uma orquestração política promovida por adversários. Ontem, o petista não foi à prévia da Noite dos Tambores Silenciosos, alegando cansaço porque ficou no baile até às 5h30. Foi a primeira agenda cancelada desde que ele voltou da cirurgia.
“Estão querendo antecipar a sucessão organizando esse tipo de coisa. Não é uma coisa espontânea, estou muito tranquilo. Ando o Recife todinho, você me acompanha. O centro da cidade, em todo lugar, e não vejo isso. Só vejo aqui no baile? Então, isso não é uma coisa natural. Uma coisa organizada para criar um desgaste político”, argumentou João da Costa, que também comemorou o baile, cujos ingressos e mesas foram vendidos na sua totalidade em dois dias e meio. “Foi um grande sucesso, muita alegria. Uma decoração excelente, maravilhosa. Muita paz, as pessoas brincando, satisfeitos. A gente está contente com o resultado”, pontuou.
Ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT), conforme planejado, não compareceu ao Municipal. Quebrou uma tradição de 18 anos consecutivos. Entretanto, também não foi ao Siri na Lata, reduto oposicionista para o qual havia se programado. Os planos eram de dar uma passada na festa, pois viajaria no sábado às 5h para Afogados da Ingazeira, onde participou de seminário do PT. “Na sexta-feira viajei direto porque fiz Triunfo e Afogados da Ingazeira. Cheguei ontem à noite mesmo, quase meia-noite”, explicou.
Quanto ao Municipal, embora tenha “preparado a cabeça para não ir e superar”, revela que sentiu falta. “É lógico que você sente falta de circular no meio daqueles foliões, brincar, ir com fantasia. Mas faz parte do processo”, admitiu. Neste Carnaval, ele afirma estar “em falta com os crustáceos”. Não esteve na prévia do Aratu Vermelho, no Siri na Lata e nem no Guaimum Treloso. Sobre as vaias ao prefeito, preferiu não comentar, mas contou ter recebido telefonemas de quem estava presente para relatar.
Não bastasse o constrangimento, João da Costa, anfitrião do baile, teve de dividir as atenções com o governador Eduardo Campos (PSB), sendo ofuscado em alguns momentos. O socialista - que chegou acompanhado dos filhos e de secretários estaduais depois da vaia dada ao aliado - evitou falar sobre política.
fonte: Folha de Pernambuco