Na véspera do início da legislatura, bloco permanece dividido na Casa
IZABELYTA GUERRA Especial para a Folha
Chegada a véspera do início dos trabalhos na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), marcado para amanhã, às 10h, a oposição ainda não definiu quem será seu líder na Casa de Joaquim Nabuco. A dúvida ainda persiste por causa da falta de consenso entre os integrantes do bloco hoje configurado em duas alas: PV, PMN e PSDB - que indicam o verde Daniel Coelho para a função - e DEM e PMDB que apostam no deputado eleito Tony Gel (DEM) como líder. A celeuma foi agravada pela polêmica indicação de Coelho que, por ser integrande de um partido da base aliada do governador Eduardo Campos (PSB), não poderia assumir o papel de oposição na Alepe, de acordo com o peemedebista Gustavo Negromonte. “Eu já li e reli mais de 100 vezes o regimento da Casa e vi que não há possibilidade de Daniel ser líder. Está muito claro”, afirmou o deputado eleito.Por outro lado, o deputado eleito Daniel Coelho, protagonista do impasse, garante que permanece na oposição e não desistirá da liderança. Em nota enviada à Imprensa, na última quinta-feira, o verde ratificou seu posicionamento. “Confirmo que, mesmo lamentando a insistência de alguns em retroceder a sombrios tempos da Ditadura Militar, quando vários parlamentares tiveram seus direitos de fazer oposição cassados, continuarei firme. Mantenho minha coerência, e a palavra dada ao povo de Pernambuco de estar independente e na oposição”. A indicação do verde é ratificada pelo líder da bancada tucana na Assembleia, Antônio Moraes. “Depois desse tempo todo defendendo Daniel para a liderança, não podemos sacar o nome dele agora. Deixar de indicar Daniel está fora de propósito”, destacou Moraes. “Ele só não assume se houver algum impedimento legal. Mas eu não acredito nisso”, completou. A solução para a “quebra de braço”, segundo Gustavo Negromonte, poderia ter acontecido ainda nesse final de semana. Mas a expectativa é que até pouco antes da posse dos deputados e indicação da liderança das bancadas, amanhã, o acordo aconteça”. Esperamos que o PSDB nos procurasse para conversarmos e chegarmos a uma definição. Acredito que eles (PSDB e PMN) vão esticar a corda até o máximo para resolver isso”, declarou Negromonte, que completou dizendo que, se um acordo não se concretizar, é possível que a oposição fique sem líder. “Oposição vai haver, mas a presença do líder seria muito importante”, ressaltou Negromonte. De acordo com assessoria de Imprensa da Assembleia Legislativa, o prazo máximo para a indicação do líder oposicionista é até o dia da primeira reunião ordinária da Casa, prevista para a quarta-feira, três de fevereiro.
fonte: Folha de Pernambuco
IZABELYTA GUERRA Especial para a Folha
Chegada a véspera do início dos trabalhos na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), marcado para amanhã, às 10h, a oposição ainda não definiu quem será seu líder na Casa de Joaquim Nabuco. A dúvida ainda persiste por causa da falta de consenso entre os integrantes do bloco hoje configurado em duas alas: PV, PMN e PSDB - que indicam o verde Daniel Coelho para a função - e DEM e PMDB que apostam no deputado eleito Tony Gel (DEM) como líder. A celeuma foi agravada pela polêmica indicação de Coelho que, por ser integrande de um partido da base aliada do governador Eduardo Campos (PSB), não poderia assumir o papel de oposição na Alepe, de acordo com o peemedebista Gustavo Negromonte. “Eu já li e reli mais de 100 vezes o regimento da Casa e vi que não há possibilidade de Daniel ser líder. Está muito claro”, afirmou o deputado eleito.Por outro lado, o deputado eleito Daniel Coelho, protagonista do impasse, garante que permanece na oposição e não desistirá da liderança. Em nota enviada à Imprensa, na última quinta-feira, o verde ratificou seu posicionamento. “Confirmo que, mesmo lamentando a insistência de alguns em retroceder a sombrios tempos da Ditadura Militar, quando vários parlamentares tiveram seus direitos de fazer oposição cassados, continuarei firme. Mantenho minha coerência, e a palavra dada ao povo de Pernambuco de estar independente e na oposição”. A indicação do verde é ratificada pelo líder da bancada tucana na Assembleia, Antônio Moraes. “Depois desse tempo todo defendendo Daniel para a liderança, não podemos sacar o nome dele agora. Deixar de indicar Daniel está fora de propósito”, destacou Moraes. “Ele só não assume se houver algum impedimento legal. Mas eu não acredito nisso”, completou. A solução para a “quebra de braço”, segundo Gustavo Negromonte, poderia ter acontecido ainda nesse final de semana. Mas a expectativa é que até pouco antes da posse dos deputados e indicação da liderança das bancadas, amanhã, o acordo aconteça”. Esperamos que o PSDB nos procurasse para conversarmos e chegarmos a uma definição. Acredito que eles (PSDB e PMN) vão esticar a corda até o máximo para resolver isso”, declarou Negromonte, que completou dizendo que, se um acordo não se concretizar, é possível que a oposição fique sem líder. “Oposição vai haver, mas a presença do líder seria muito importante”, ressaltou Negromonte. De acordo com assessoria de Imprensa da Assembleia Legislativa, o prazo máximo para a indicação do líder oposicionista é até o dia da primeira reunião ordinária da Casa, prevista para a quarta-feira, três de fevereiro.
fonte: Folha de Pernambuco
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