sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Suplentes tomam posse na Alepe

Novos deputados foram beneficiados pelo critério de nomeação por partido 

JOSÉ ACCIOLY - Do Blog da Folha   
Os quatro deputados beneficiados pela suplência dos partidos na Assembleia Legislativa - Isabel Cristina (PT), Sebastião Rufino (PSB), Ciro Coelho (PSB) e Manoel Ferreira (PR) - foram confirmados nas cadeiras, ontem, em meio a uma sessão no Plenário dedicada quase que exclusivamente para cerimônia de posse. Após o fechamento dos trabalhos, o presidente da Alepe, Guilherme Uchoa (PDT), teve um encontro, em seu gabinete, com Rufino, Coelho e Ferreira, mas que, segundo informações, tratou-se de questões administrativas.
Antes da sessão no Plenário, Manoel Ferreira revelou que já espera que o deputado Guilherme Uchoa optasse pela convocação dos suplentes seguindo o critério partidário. Ele citou, como exemplo, o posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que vem concedendo liminares a suplentes das siglas em todo o País. “Essa posição (de convocar suplentes por partido) vem só para ratificar o que o Supremo está fazendo”, declarou o republicano. Ferreira chega ao seu quinto mandato para assumir a vice-liderança da bancada do PR na Alepe deixada pelo companheiro de partido, Alberto Feitosa - convidado para assumir a Secretaria de Turismo do Estado.
Outro beneficiado pela suplência por partidos, o socialista Sebastião Rufino, adotou postura mais cautelosa e revelou apenas que aguardava o resultado da Alepe, independente da opção de Uchoa. “A Casa estava diante de um fato jurídico”, argumentou. Questionado se procurou os candidatos suplentes por coligação - Augusto César (PTB), José Humberto Cavalcanti (PTB) e José Maurício Cavalcanti (PP) -, após decisão da Assembleia, Rufino despistou. “Por um lado, fiquei surpreso com a convocação. Por outro, sei que a decisão desagradou a outros. É certo que eles (os candidatos) devem entrar com recursos na Justiça. Estou seguro”, acrescentou Rufino, que vai para o quinto mandato na Alepe.
COBRANÇAS
O verde Daniel Coelho aproveitou a tribuna para questionar a Prefeitura do Recife sobre o superfaturamento na obra da Via Mangue, conforme apontou relatório divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), anteontem. Daniel foi à tribuna para fazer um alerta sobre a determinação do TCE, que referendou uma medida cautelar contra a Empresa de Urbanização do Recife (URB), orientando reduzir em mais de R$ 85,5 milhões o valor da obra da Via Mangue. O relatório apontou superfaturamento, de acordo com os parâmetros do TCE. “Estamos acompanhando há seis anos a discussão da Via Mangue e o projeto ainda ficou como promessa da Prefeitura. O TCE concluíu que há falhas na licitação e um sobrepreço de R$ 85 milhões”, disparou o verde, que ainda cobrou explicações sobre o fato de servidores e uma empresa contratada pela Prefeitura fazer a mes­ma função de captar recur­sos para o Carnaval Multicultural. “O prefeito (João da Costa, PT) deve explicações. Ou ele exo­nera os funcionários ou can­cela o contrato”, advertiu.

Nenhum comentário: