Mudança aponta enfraquecimento da Fundarpe, antiga gestora da festa
ARTHUR CUNHA
A decisão indica que Eduardo tem segurança no novo modelo de gestão implementado na Empetur. Alvo de denúncias de contratação de shows-fantasmas, a empresa foi auditada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que responsabilizou o ex-presidente José Ricardo Diniz e apontou uma omissão por parte do ex-secretário Silvio Costa Filho (PTB). Acusada pela oposição de ter destinado R$ 62,6 milhões a empresas de fachada, a Fundarpe também está sendo investigada pelo TCE. Desgastada, a ex-presidente Luciana Azevedo (PT) acabou remanejada para a Secretaria Executiva de Articulação Social e Regional. Os detalhes foram acertados até tarde da noite de ontem, entre os secretários Tadeu Alencar (Casa Civil), Alberto Feitosa (PR/Turismo) e o presidente da Empetur, André Correia, em reunião no Palácio do Campo das Princesas. “Ainda não formatamos tudo. Mas toda a gestão será feita respeitando a lei de Fomento à Cultura e o que determina o TCE”, adiantou Feitosa. Ele adiantou que vai designar uma equipe para fiscalizar a realização dos shows através de fotografias e filmagens. Também serão distribuídas às prefeituras cópias da lei. O secretário de Cultura, Fernando Duarte, e o novo presidente da Fundarpe, Severino Pessoa dos Santos, minimizaram a mudança. “O governador elevou em um nível o papel da Cultura. O Carnaval é uma festa organizada pelo governo. O que está havendo é uma definição das funções que cada um terá”, destacou Duarte. “Com a sua magnitude, o Carnaval não é um evento de um só órgão, mas de governo. Na Prefeitura do Recife também é assim. A gente está aguardando para saber qual será a contribuição da Fundarpe”, complementou Severino. PERFIL O novo presidente da Fundarpe acredita que seu perfil mais técnico ajudará na condução do órgão. “O governador desenhou um novo modelo de gestão para a Cultura. A secretaria será responsável por pensar as políticas, a Fundarpe por executá-las. O que não quer dizer que eu não possa contribuir na formulação das políticas, nem Fernando, que foi quem me convidou, na execução. O trabalho se complementa. Isso requer uma pessoa como Fernando, um especialista em Cultura, e alguém com perfil mais técnico”, destacou Severino. Auditor da Prefeitura do Recife, contador, professor universitário e advogado, Severino Pessoa era assessor da Fundação de Cultura do Recife. O perfil da nova direção da Fundarpe também é mais técnico do que na época de Luciana Azevedo. fonte: Folha de Pernambuco |
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