quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Prefeito: "Não vou ser avaliado por dois anos"

CAROL BRITO



JOÃO da Costa avisa que briga não muda seu rumo
Em entrevista à Rádio Jornal, ontem, o prefeito João da Costa (PT) voltou a questionar a veracidade e a leitura que vem sendo feita das pesquisas de opinião que apontam uma baixa aceitação do seu Governo. “Não acredito que elas expressem as manifestações espontâneas da população”, minimizou. “Não é só 24% que aprova (o Governo), 40% considera regular e esses podem passar a achar a gestão boa e ótima. Eles não rejeitam o Governo”, avaliou.

Na sequência, o petista disse que não deveria ser avaliado pelo início de sua administração, negando que os índices conhecidos o preocupam. “Eu não vou ser avaliado apenas por dois anos. Eu não estou preocupado. Quem está preocupado são os outros”, assegurou, em tom irônico.

Com relação à sua sucessão, o prefeito João da Costa disse que não dá para saber o que acontecerá em 2012 e que não pode ficar o dia todo se preocupando com isso. “Essa não pode ser a pauta de todo o dia do prefeito”, pontuou. Contudo, o petista ressaltou que “tem muita gente querendo comer a tapioca antes dela estar pronta”, em referência à pré-candidatura do deputado federal Eduardo da Fonte (PP) e uma suposta postulação do seu ex-aliado e hoje desafeto, o deputado eleito João Paulo (PT)

O prefeito garantiu que o entrevero com o correligionário não mudará o rumo que tomará nestes próximos dois anos. “Essa briga não me tira do prumo. Eu estou muito tranquilo e não vou discutir. Isso não está na pauta do povo, o povo não está preocupado com isso”, afirmou.

GRAVAÇÃO

Ainda na entrevista à Rádio Jornal, João da Costa apresentou uma nova versão sobre a herança finaceira deixada pelo seu antecessor. Ele negou, inclusive, que tenha revelado à Folha de Pernambuco que os R$ 110 milhões em restos a pagar encontrados, no início de 2009, se configuram como dívida. “Eu disse que havia R$ 100 milhões em restos a pagar e um saldo positivo de R$ 10 milhões. Escreveram que eu havia dito dívida, sou analista contábil”, assegurou.

No entanto, na entrevista gravada à Folha - concedida em sua residência, na última quarta-feira - a declaração é completamente diferente: “Recebi a Prefeitura com R$ 10 milhões em caixa e com restos a pagar de R$ 110 milhões. Então, na verdade, tinha R$ 100 milhões que a gente tinha que operar em 2009, que foi um ano de crise internacional”.

fonte:Folha de Pernambuco

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