quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Lula avisa que não quer orçamento compremetido

BRASÍLIA (AE) - Na reunião do Conselho Político, realizada no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou aos seus aliados que não aceitará propostas de reajustes salariais que comprometam o orçamento. “Não vamos permitir que nenhum projeto de Lei ou de mudança legislativa que cause impacto orçamentário seja aprovado”, disse o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Ele relatou que somente a aprovação do Projeto de Emenda à Cons­tituição (PEC) nº 300 - que institui, en­tre outros pontos, um piso salarial nacional para os policiais militares - causaria um rombo de R$ 43 bilhões.

Padilha disse que Lula pretende discutir o reajuste do salário mínimo com a nova equipe de transição. Ele minimizou as pressões de parlamentares aliados por reajustes de categorias específicas Foi uma reação ao deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP), o “Paulinho da Força Sindical”, que chegou a dizer que as polícias pretendem fazer uma greve nacional no início do governo Dilma. “Não vamos permitir que os processo de ajuste fiscal responsável seja interrompido”, limitou-se a dizer o ministro.

Padilha afirmou que o Governo pretende levar para votação nas duas ca­sas legislativas projetos de consenso até o dia 17 de dezembro, citando como exemplos os projetos do marco regulatório do pré-sal, o código de aviação regional, a proposta de uso de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e o orçamento de 2011. Ele disse que o projeto de liberação dos bingos, defendido por aliados, não tem consenso nem mesmo na base de sustentação do governo.

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