Minoria na Assembleia Legislativa a partir do próximo ano, parte da oposição estadual formou um bloco para conseguir espaços na mesa diretora e nas comissões temáticas da Casa. A decisão foi oficializada pelo DEM, PMDB e PMN, ficando de fora o PSDB e o PV. Os dois últimos fizeram campanha como partidos oposicionistas, mas não fecharam posição sobre os rumos futuros do estado.
Se oficializada a partir de 1º de fevereiro, a formação do bloco pode mudar a composição da mesa diretora que já está praticamente fechada. Uma das alterações, por exemplo, é que oposicionistas poderiam indicar, pelo regimento interno da Casa, o nome para a terceira secretaria, hoje mais cotada para ser ocupada pelo deputado eleito Sebastião Oliveira (PR). Isso porque o bloco teria quatro deputados, um a mais que o PTC e o PR, respectivamente com uma bancada de três parlamentares. São dois do DEM (Maviael Cavalcanti e Tony Gel), um do PMDB (Gustavo Negromonte) e um do PMN (Severino Ramos).
A decisão do bloco oposicionista foi anunciada ontem pelo deputado eleito Gustavo Negromonte. Ele negou que o PSDB tivesse sido excluído por não ter anunciado ainda se será oposição ou governo. De acordo com o peemedebista, não seria vantagem para os tucanos entrarem no bloco, porque a legenda elegeu cinco deputados e já tem direito a uma vaga na mesa, no caso a 2º vice-presidência, e a vagas em comissões temáticas. ´Nosso objetivo é ampliar os espaços e a força política`, explicou Negromonte.
Posicionamento
Único deputado estadual eleito pelo PV, Daniel Coelho acredita não ser o momento de se falar em blocos. Ele se disse que terá um mandato ´independente` - o que significa não ser oposicionista ou governista - mas ressaltou a importância de a oposição discutir seu papel antes de discutir cargos. ´Como será a oposição? Mais radical ou mais ponderada? Não sabemos`, destacou. ´Todos os partidos precisam conversar para definir um papel político. Não adianta estarmos discutindo blocos se a eleição da mesa só acontecerá em fevereiro do próximo ano`, observou.
Cotado para ser 2º vice-presidente da Casa, no lugar de Antônio Moraes (PSDB), o deputado Carlos Santana (PSDB) fez questão de frisar que a legenda tucana não fechou questão sobre o posicionamento político futuro. Ele explicou que já apoiou a reeleição do governador Eduardo Campos (PSB) e vai fazer parte da bancada governista, mesmo que outros tucanos decidam o contrário. O deputado ressaltou, no entanto, que a postura do PSDB vai ser definida pelo senador Sérgio Guerra, presidente nacional da legenda e maior liderança tucana no estado.
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