Prefeito, que também recebeu aplausos, apontou orquestração política
ARTHUR CUNHA e RENATA BEZERRA DE MELO
“Estão querendo antecipar a sucessão organizando esse tipo de coisa. Não é uma coisa espontânea, estou muito tranquilo. Ando o Recife todinho, você me acompanha. O centro da cidade, em todo lugar, e não vejo isso. Só vejo aqui no baile? Então, isso não é uma coisa natural. Uma coisa organizada para criar um desgaste político”, argumentou João da Costa, que também comemorou o baile, cujos ingressos e mesas foram vendidos na sua totalidade em dois dias e meio. “Foi um grande sucesso, muita alegria. Uma decoração excelente, maravilhosa. Muita paz, as pessoas brincando, satisfeitos. A gente está contente com o resultado”, pontuou. Ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT), conforme planejado, não compareceu ao Municipal. Quebrou uma tradição de 18 anos consecutivos. Entretanto, também não foi ao Siri na Lata, reduto oposicionista para o qual havia se programado. Os planos eram de dar uma passada na festa, pois viajaria no sábado às 5h para Afogados da Ingazeira, onde participou de seminário do PT. “Na sexta-feira viajei direto porque fiz Triunfo e Afogados da Ingazeira. Cheguei ontem à noite mesmo, quase meia-noite”, explicou. Quanto ao Municipal, embora tenha “preparado a cabeça para não ir e superar”, revela que sentiu falta. “É lógico que você sente falta de circular no meio daqueles foliões, brincar, ir com fantasia. Mas faz parte do processo”, admitiu. Neste Carnaval, ele afirma estar “em falta com os crustáceos”. Não esteve na prévia do Aratu Vermelho, no Siri na Lata e nem no Guaimum Treloso. Sobre as vaias ao prefeito, preferiu não comentar, mas contou ter recebido telefonemas de quem estava presente para relatar. Não bastasse o constrangimento, João da Costa, anfitrião do baile, teve de dividir as atenções com o governador Eduardo Campos (PSB), sendo ofuscado em alguns momentos. O socialista - que chegou acompanhado dos filhos e de secretários estaduais depois da vaia dada ao aliado - evitou falar sobre política. fonte: Folha de Pernambuco |
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