segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Menudo é condenado à prisão

 Vereador é acusado, junto com três agentes e um delegado de extorquir um cidadão 


RENATA BEZERRA DE MELO   
Foi com surpresa que o vereador do Recife pelo PHS, Estéfano Menudo, recebeu, no final de semana, a notícia de que havia sido condenado à mais de nove anos de detenção, acusado de concussão - extorsão envolvendo funcionalismo público. A sentença foi proferida, na última sexta-feira, pelo juiz Honório Gomes do Rêgo Filho e o processo correu na Vara de Crimes contra Administração Pública e à Ordem Tributária.
O advogado do parlamentar, Fernando Lacerda, ainda não foi notificado sobre a decisão do magistrado, mas adiantou que cabe recurso a várias instâncias a exemplo do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF). De antemão, garantiu que o vereador “respondeu a todo o processo em liberdade e mantém o status durante toda a parte de tramitação de recurso. Ele apela em liberdade”.
Comissário de polícia, com cerca de 20 anos de atuação, Menudo foi acusado de extorsão, junto com mais três agentes e o, então, delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Carga, César Urach, por um cidadão, cujo primeiro nome é Antônio, de acordo com o advogado de Menudo. “Desses cinco agentes públicos, dois foram absolvidos e três condenados. Fica a pergunta: Que prova é essa que se presta para condenar três acusados quando a acusação é contra cinco?”, indagou Fernando Lacerda, informando que entre os absolvidos está o, então, delegado titular César Urach.
O advogado questiona o fato de o denunciante ter alegado que ficou detido em um xadrez na referida delegacia, quando, na realidade, não existia cela naquele espaço. “O cidadão disse também que, na segunda-feira pela manhã, estava na delegacia com o delegado César Urach e o delegado fez prova que estava em reunião com outros delegados”, acrescentou o advogado. Antes de chegar à esfera judicial, o caso foi apurado pela corregedoria da Polícia Civil, que absolveu os acusados. “Foi um delegado, um perito e um legista que fizeram o procedimento de investigação”, registrou Estéfano Menudo, que crê em sua inocência e na possibilidade de o Tribunal de Justiça “fazer a avaliação mais completa e ver que somos inocentes”. A ação tem cerca de quatro anos em tramitação.
“Um fato lá atrás está me complicando agora. Um indivíduo fez uma denúncia contra a Delegacia de Roubos e Furtos de Carga no Ministério Público. Ele falou que foi preso e teve que dar algumas coisas, que um imóvel foi tomado dele, para ser liberado”, relatou Menudo, sublinhando que “respeita a decisão judicial”.
fonte: Folha de Pernambuco

Um comentário:

Anônimo disse...

O Brasil está mudando e Pernambuco não poderia ficar pra trás. A Justiça tarda mais não falha.
E é justamente em cima da morosidade da justiça que o Sr. ESTEFANO MENUDO estava de confiando.Que pena que tivemos que engolir este senhor por três anos como representante do povo do Recife.Uma lástima.
Mas, antes tarde que nunca.
VIVA A JUSTIÇA DE PERNAMBUCO.