ARTHUR CUNHA
Presidente estadual do PSB, o vice-prefeito do Recife, Milton Coelho, fez um “alerta” aos dirigentes da Frente Popular, pedindo que eles “aprendam com a história” e não cometam os mesmos erros que acabaram derrubando a antiga União por Pernambuco. A afirmação veio depois que o socialista teve de vir a público desautorizar dois filiados do partido com mandato, que causaram instabilidade política no bloco com cobranças ao prefeito João da Costa (PT). Na última quinta-feira, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, a vereadora Marília Arraes defendeu um revezamento no comando da PCR. No dia seguinte, foi a vez do prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca, em entrevista à mesma rádio, dizer que a Prefeitura “não é propriedade do PT”. Para embasar sua tese, Milton citou o Grupo Independente (GI), formado em 2003 por dissidentes da ex-aliança, a exemplo do senador Armando Monteiro Neto (PTB) e do ministro do TCU, José Múcio, entre outros. “O GI criou a fissura do bloco monolítico com muita força política, que era a União por Pernambuco. É um alerta. O GI foi a primeira fissura e através da qual nós aproveitamos, nos articulamos e, nessa morosidade, derrubamos uma força política que era para governar Pernambuco por 20 anos. Nós estamos aqui para aprender com a história. Somos dirigentes políticos, não somos dirigidos políticos”, analisou Coelho, no Baile Municipal do Recife. O vice-prefeito destacou, contudo, que a maior responsabilidade em manter o bloco unido cabe ao governador Eduardo Campos (PSB). “Nossa responsabilidade cabe, na medida do peso de cada um, a todos nós. Agora, o grande guardião da unidade política da esquerda em Pernambuco é o governador, que tem força política, resultado de trabalho. E resultado daquilo que ele foi capaz de juntar. A ele cabe a maior parcela de responsabilidade. Ele tem feito esforços para que isso ocorra”, salientou Milton, reforçando que “não tem problema com Marília, nem com Ettore”. “O que houve foi uma manifestação individual devidamente esclarecida pela direção partidária. Esse é um fato sem relevância, apenas um sinal de alerta. Mas é uma questão menor”, finalizou. fonte: Folha de Pernambuco |
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