sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Cesta básica sobe R$ 3,44

A cesta básica do Recife ficou R$ 3,44 mais cara no mês de outubro, acréscimo de 1,79% em relação a setembro. É a mesma situação de outras 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A pesquisa registrou a maior alta de alimentos em Curitiba (5,78%) e a menor em Manaus (0,23%). A única capital a registrar queda nos preços foi Aracaju, onde houve recuo de 0,67%. O acumulado neste ano é de 14,2%.

No Recife, nos últimos 12 meses, o Dieese verificou um acréscimo de 10,88% no valor da cesta básica, que ficou R$ 19,19 mais cara. Custando R$ 195,64, compromete 41,7% do salário mínimo líquido (após o desconto da Previdência Social). A média nacional deste mesmo indicador foi de 46,53%. No último mês de setembro, a cesta custava R$ 176,45 e comprometia 41,25% do salário mínimo líquido.

Feijão (14,14%), açúcar (8,6%), manteiga (5,13%) e carne (4,33%) tiveram as maiores altas de preços. Inclusive, a carne teve alta em 16 capitais e, no Recife, representa 30% do custo total da cesta. As maiores quedas foram da farinha de mandioca, banana, tomate e arroz.

Uma família de dois adultos e duas crianças no Grande Recife gastou R$ 586,92 com a cesta básica, 1,15 vez o valor do mínimo. O Dieese calculou que a jornada de trabalho necessária para comprar os produtos que compõem a cesta foi de 84 horas e 24 minutos, uma hora e 29 minutos a mais que em setembro passado; 55 minutos a menos, na comparação com outubro/2009. E para suprir todas as necessidades básicas do cidadão, conforme prevê a Constituição, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.132,09, mais de quatro vezes o valor do mínimo em vigor, de acordo com o Dieese. O valor é maior que o apurado em setembro, que foi de 2.047,58.

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