RENATA BEZERRA DE MELO
Fiel da balança na queda-de-braço entre DEM e PSDB na Assembleia Legislativa para definir quem indicará o líder da bancada de oposição, o PMN bateu o martelo, ontem, sobre quem apoiará. No lugar de fortalecer os planos do DEM e do PMDB de avalizarem o deputado estadual Tony Gel (DEM) como líder, a sigla decidiu integrar o bloco idealizado pelos tucanos e pelo verde Daniel Coelho, deputado cotado para assumir a liderança oposicionista.
Houve uma reunião na sede do PMN para discutir o assunto e transmitir ao deputado estadual Severino Ramos (PMN) a orientação de seguir o mesmo alinhamento que o partido mantém a nível nacional com o PSDB e PPS. Foi quando o parlamentar, que havia assumido compromisso com Tony Gel e com o deputado Gustavo Negromonte (PMDB) de compor uma frente com eles, voltou atrás. “Sou partidário. Vou seguir o que o partido determinar. A gente tinha conversado com o pessoal do DEM. Mas não tinha noção da orientação partidária. Hoje (ontem), teve reunião, fiquei ciente de que, como um bom soldado, tinha que seguir a orientação. Vou apoiar o bloco entre PSDB e PV com Daniel Coelho para a liderança. Não posso fugir da linha partidária”, justificou Ramos.
Preliminarmente, segundo ele, pensara que a aliança com o DEM e o PMDB seria viável “por uma questão de espaço político”. A mudança praticamente anula as chances do DEM de brigar pela liderança. Os democratas estavam confiantes no Regimento Interno, o qual classificaram de “muito claro” ao determinar que o líder da oposição seria indicado pelos líderes dos partidos oposicionistas. Caso fossem somados DEM, PMDB e PMN, os democratas teriam vantagem para validar Tony Gel. Já os tucanos (com cinco deputados) defendiam que a prática, na Casa, sempre foi de a sigla com maior quantidade de membros ter prioridade.
Fonte: Folha de Pernambuco
Data:29/12/2010
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